sábado, 31 de outubro de 2009

o inicio

A manhã rompeu, cheia de nevoeiro, o aroma dos campos inundava o ar, ali estava eu, sem saber bem como ou porque, ali me encontrava. Dirigi-me ao pequeno ribeiro onde passeavam as primeiras águas do outono e lavei o rosto, percebi que tinha feridas nas costas e nos braços, não sei ao certo a sua proveniencia, aliás neste momento não sei nada sobre mim, nem sequer o meu nome, sei apenas que trago vestido uma armadura e que ao fundo junto ao cipreste jaz uma espada, um escudo e um elmo que penso serem meus...talvez seja um soldado. Recolho os pertences que ali encontro e procuro o caminho, sempre com a mente cheia de perguntas, sobre quem sou ou o que faço ali.
Ouço barulho, o galope de um cavalo vindo do norte desperta os meus sentidos, rapidamente corro na sua direcção na esperança de encontrar resposta a alguma das minhas questões. Algos metros mais a frente deparo-me com o cavaleiro que ao ver-me desembainha a sua espada enquanto cravava as esporas no seu corcel, carregando sobre mim...Instintivamente a minha espada está numa mão e o escudo na outra, desconhecia-me tais habilidades, e mais ainda o movimento que realizo, evitando a investida do cavaleiro e golpeando-o com pericia no ombro. O golpe desferido provoca a queda do inimigo...
Caminho ao seu encontro, ele geme no chão como um animal ferido, ao ver-me ergue os olhos e diz:
- clemência meu senhor...
- calma, so me defendi da vossa investida, apenas quero que respodas as minhas questões...
Reparei que o cavaleiro ficou algo surpreso com a minha resposta, julgo mesmo que ele esperava que a minha resposta fosse a estocada final...
- diz-me, onde estamos???
- mas não sabeis senhor???
- não, aliás não sei nada, nem quem sou, ou onde estou, apenas me lembro que acordei alguns quilometros mais abaixo junto a um pequeno ribeiro, que tenho ferimentos dos quais desconheço a proveniencia...nem sequer sei porque visto esta armadura, e apenas descobri as minhas habilidades guerreiras quando investistes contra mim...
- brincais por certo meu senhor...
- não, juro por deus que não, ficarvos-ia muito grato se me pudesses ajudar a esclarecer algumas duvidas que me assaltam neste momento.
- vossa gratidão dizem ser eterna...se vos der respostas poupareis a minha vida???
Os olhos do homem estavam cheios de pavor e medo...
- já vos disse, não estou aqui para vos matar, apenas vos feri porque investis-te contra mim...
- não posso acreditar, dizeis mesmo a verdade, não vos lembrais mesmo de nada...
- já disse que não homem, desembucha de uma vez, pois já vi que sabes algo sobre mim.
- tende calma meu senhor, estou ferido e vós tendes alguns cortes recentes também, vinde comigo, tenho uma cabana perto daqui, lá poderemos descansar e esclarecer todas as vossas duvidas enquanto uma sopa quente nos reforça a alma...
Concordei e lá fui com o homem que minutos antes me atacara para a cabana...
continua...

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